Livro conta surgimento do mapa da América do Sul que definiu o território do país

Após tempo de pesquisa nos arquivos da Biblioteca Nacional da França, historiadora Júnia Furtado autografa 'O mapa que inventou o Brasil'

Ana Clara Brant - EM Cultura
Publicação:05/12/2013 07:40Atualização:05/12/2013 07:53



O cartógrafo Jean-Baptiste Bourguignon d%u2019Anville em seu gabinete (Fotos: Versal Editores/reprodução)
O cartógrafo Jean-Baptiste Bourguignon D'Anville em seu gabinete

“Que vagueie quem quiser vaguear. Que veja a Inglaterra, a Hungria, a França e a Espanha. Eu me contento em viver em minha terra natal (…) E isso é bastante para mim. Sem jamais pagar por um estalajadeiro (…). Sem jamais fazer juras quando os céus se iluminam de raios, irei saltando sobre todos os mares. Mais seguro a bordo de meus mapas que a bordo de navios.” Ariosto, 'Sátira 3'.

Trecho acima é a epígrafe de uma publicação que, mais do que contar uma história, reúne informações preciosas, documentos importantes, belas imagens e não deixa de ser obra de arte. 

'O mapa que inventou o Brasil', de Júnia Ferreira Furtado, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será lançado hoje em BH. Trata-se de uma pesquisa que se iniciou há uma década, envolvendo Brasil, Portugal, França, Alemanha e Estados Unidos, e resultou num trabalho completo sobre a cartografia. Aborda-se, principalmente, o processo de invenção do território brasileiro. 

O livro ganhou o Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, iniciativa da Organização Odebrecht, que completa 10 anos de apoio à pesquisa histórica e à produção editorial brasileira. As 458 páginas trazem um rico acervo de ilustrações cartográficas criadas entre 1697 e 1782.

Júnia estudou a parceria intelectual de dom Luís da Cunha, representante diplomático de Portugal na França, com o cartógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon d'Anville para elaborar a 'Carte de l’Amérique méridionale'. Esse mapa embasava o projeto geopolítico advogado por Portugal para suas possessões na América e deu ao território brasileiro configurações muito próximas das atuais.

PARIS 

A historiadora passou um ano debruçada sobre os mapas de D’Anville na Biblioteca Nacional da França, em Paris, onde se encontra a coleção completa do geógrafo. De acordo com Júnia, para elaborar esse mapa final da América do Sul – a Carta da América Meridional –, o francês chegou a usar 600 mapas diferentes. 

A elaboração do documento teve início em 1720 e se desdobrou ao longo de três décadas. Confinado em seu escritório, Jean-Baptiste d’Anville era capaz de produzir mapas de grandes extensões da terra, como países, continentes e planisférios, a partir da consolidação de diversas fontes. Ele deixou cerca de 211 mapas, manuscritos e impressos, além de 23 obras de natureza geográfica. 

“D’Anville nunca saiu de seu gabinete, o processo da época era assim. Ele juntava vários mapas para poder chegar a um resultado final. Muitas vezes, esses documentos eram até conflitantes. Uns são mais confiáveis porque neles foram utilizados instrumentos mais precisos; em outros ele consegue ter o aval das autoridades locais, então tem certeza de que pode utilizá-los. É como se fosse um quebra-cabeças bem complexo”, revela Júnia Furtado.

A carta original, que foi desenhada a lápis e tem dois metros de altura, ficou pronta em 1748. Até 1779, foram produzidas cinco edições diferentes. No livro da historiadora mineira há uma reprodução da Carte de l’Amérique méridionale para que o leitor possa compreender melhor a história e acompanhar como se deram os fatos. “Esse mapa é fundamental para que o leitor possa abri-lo e, à medida que for lendo, entenda como as coisas ocorreram. O mapa é o tema do livro. Não fazia sentido ele ser mera ilustração. O adendo é fundamental, serve para consulta”, explica.

A historiadora destaca a importância do Prêmio Odebrecht, pois graças a ele foi possível publicar um livro completo e caprichado. “Não teríamos como bancar essa pesquisa, bem como o acesso e a reprodução de todas as imagens que ajudam a entender o contexto da época. Foi necessário toda uma negociação com as instituições. Sem o prêmio, o projeto não se concretizaria dessa maneira”, conclui.

Edição de luxo

Pesando 4,2 quilos, a edição luxuosa e com projeto gráfico elaborado é ilustrada com imagens dos séculos 16 a 19. Medindo 26cm x 32cm, é protegida por invólucro especial. Chama a atenção sua bela capa metalizada. Júnia Furtado explica que ela teve inspiração histórica: antigamente, mapas eram feitos em papel e posteriormente impressos em metal. “A ideia era fazer  referência a isso: ao processo de produção cartográfica da época”, observa.

O MAPA QUE INVENTOU O BRASIL
De Júnia Ferreira Furtado Versal Editores, 458 páginas, R$ 249
>> Lançamento quinta-feira, das 19h às 22h, na Livraria Mineiriana (Rua Paraíba, 1.419, Savassi). Informações: (31) 3223-8092.

O mapa que inventou o Brasil

A história


Costuma-se pensar que os mapas são feitos para que se possa visualizar um território previamente definido. E de fato, em geral, é assim. Mas esse não foi o caso do Brasil. Quem conta a história, que se desenrola ao longo da primeira metade do século 18, é Junia Ferreira Furtado, vencedora da oitava edição do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica.Acontecia que o Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, não dava mais conta da realidade territorial resultante da ocupação do continente americano pelos dois países ao longo dos séculos 16 e 17.
Os conflitos nas áreas próximas à linha imaginária de Tordesilhas se agravavam. Teve início, então, a busca de uma solução definitiva para as possessões espanholas e portuguesas na América.
As negociações decorrentes culminaram na assinatura do Tratado de Madri, em 1750, que aboliu o meridiano de Tordesilhas e definiu as novas fronteiras das terras americanas dos dois países naquele período.
Para mostrar de que forma deu-se a invenção do território brasileiro, a professora Júnia Furtado Ferreira, da Universidade Federal de Minas Gerais, estuda a parceria intelectual entre o representante diplomático de Portugal na França, dom Luís da Cunha, e o cartógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon d’Anville, voltada para a elaboração da Carte de l’Amérique méridionale, mapa que consubstanciava o projeto geopolítico advogado por Portugal para as suas possessões na América.
A elaboração desse documento teve início em 1720 e desdobrou-se ao longo de três décadas. Como nos diz a autora, o mapa inventa o Brasil e dá ao nosso país feições muito próximas ao que hoje constitui o território brasileiro.

O livro


Resultado do projeto vencedor do Prêmio Odebrecht de Pequisa Histórica em 2011, O mapa que inventou o Brasil vem a público no ano em que o Prêmio completa 10 anos.
Nesse período, cerca de 1.500 projetos de pesquisa foram encaminhados por graduados, mestres, doutores e pós-doutores de todas as regiões brasileiras, levando o Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica a firmar-se como uma importante iniciativa de natureza cultural.
Publicado pela Versal Editores, O mapa que inventou o Brasil é um livro de arte, com 456 páginas, ilustrado com imagens dos séculos 16, 17, 18 e 19. Mede 26 cm x 32 cm e é protegido por um invólucro especial.

O lançamento do livro pela Versal Editores será em Belo Horizonte, em 5 de dezembro de 2013, às 19h na Livraria Mineiriana.


6. Mapa emocional do Mundo
Pessoas nos países em amarelo são os menos propensos a relatar suas experiências emocionais de qualquer tipo, positivas ou negativas. Países roxos são onde as pessoas relatam experimentar a maioria dos sentimentos. Se você é surpreendido ao ver que os Estados Unidos estão entre os países mais emocionais do mundo (mas longe de ser n º 1) ou quer saber por que algumas regiões são tão sem emoção, você pode ler tudo sobre ele aqui.

7. Mapa desenhado por missionários sobre a África, cerca de 1808.
Eu tenho este que paira sobre a minha mesa, em parte por causa de seu apelo como um documento histórico, mas também como uma lembrança do legado colonial na África, que as potências europeias dividiram um século atrás, com pouco respeito pela forma como africanos realmente queria ser agrupados. Essas fronteiras arbitrárias ainda estão conosco hoje, em parte porque os líderes africanos concordaram em não disputar-los quando eles conquistaram a independência. As fronteiras contribuíram significativamente para o conflito e instabilidade no continente, porque existem tantas comunidades diferentes forçados a viver juntos. Saiba mais aqui.

8. Onde as pessoas são mais e menos tolerantes 
Este mapa infere a tolerância racial com base em uma pesquisa que pediu que as pessoas respondessem como eles estariam dispostos a viver ao lado de alguém de uma etnia diferente. Países vermelhos são onde as pessoas estavam mais propensos a dizer que não querem um vizinho de uma raça diferente. O mapa sugere algumas grandes e potencialmente surpreendentes lições de como as etnias são tratada em todo o mundo. Mas é uma imperfeita (e controversa) métrica, assim como ler estas cinco idéias de um especialista em conflitos étnicos no mapa e que ele nos diz.

9. Países com mais ou menos diversidade étnica do mundo
Saiba mais sobre o mapa da diversidade aqui.

10. Onde as pessoas se sentem mais ou menos amadas
Países em vermelho são onde as pessoas se sentem mais amadas; países em azuil são onde eles se sentem menos amados. Aqui está a história por trás daqueles mais tristes, os mais azuis pontos no mapa.

Tradução livre do texto original completo:

Mapas do mundo são tipicamente escritos com a linguagem do telespectador em mente. Mas o zoomable endonym Mapa tem uma abordagem diferente, escrevendo o nome de cada país em uma das suas próprias línguas.



Aqui está a descrição oficial:

Um endonym é o nome de um lugar, sítio ou local na língua das pessoas que ali vivem. Esses nomes podem ser designada oficialmente pelo governo local ou podem simplesmente ser amplamente utilizados.

Este mapa ilustra endonyms dos países do mundo em suas línguas oficiais ou nacionais. Nos casos em que um país tem mais de uma língua nacional ou oficial, a linguagem que mais utilizada pela população local é mostrada.

É um projeto em evolução, com o cartógrafo fazendo ajustes com base em correções, alterações linguísticas e descobertas geográficas. (Você pode enviar para o cartógrafo os erros que detectar.) Há também uma lista completa dos países e idiomas usados ​​no site do mapa. 

Conheça mais sobre o projeto no site http://endonymmap.com/

Os mapas podem ser uma ferramenta extremamente poderosa para a compreensão do mundo e de como ele funciona, mas eles mostram apenas o que você perguntar. Por isso, quando vi um post que na Web intitulado "40 mapas que não se ensina na escola", com várias cosmovisões originais, pensei que poderia ser capaz de contribuir com a nossa própria coleção. 
1. Mapa político do mundo, cerca de 200 a.C
O que é mais surpreendente: o quanto as coisas mudaram ao longo dos últimos 1.800 anos, uma grande fatia da história civilizatória da humanidade, ou quantas divisões deste mapa ainda estão conosco hoje?
2. Onde as pessoas são mais e menos acolhedor para estrangeiros
Isso pode ser útil no planejamento de suas próximas férias, embora existam algumas grandes surpresas nos resultados.
3. Principais sistemas de escrita do mundo

Este mapa é um lembrete de que as divisões e semelhanças do mundo vão muito mais profundo do que as fronteiras nacionais e que o mundo é dividido de maneira que às vezes você não espera. Ela também ajuda a contar as histórias de alguns acontecimentos importantes que ainda moldam o mundo, os ecos de que você pode ver em quase todos os mapas desta página: colonialismo europeu, as conquistas islâmicas de língua árabe do século 7, os russos e as expansões dos séculos 19 e 20, e as unificações da Índia e da China.
4. Os melhores e os piores lugares para nascer
Veja como eles decidiram que países são os melhores para nascer e que este mapa nos diz sobre o mundo.
5. Mapa das maiores religiões do Mundo
Leia aqui sobre como o cristianismo passou a dominar grande parte do mundo e que isso significa hoje. 

Tradução livre do texto original completo:

Este é o "Histomap", criado por John B. Sparks, foi impresso pela primeira vez por Rand McNally, em 1931. (A coleção David Rumsey Map hospeda uma versão totalmente com zoom.)

Este ambicioso gráfico gigante se encaixa perfeitamente com a tendência de publicação de livros dos anos 1920 e 1930 não-ficção: o "esboço", em que grandes temas (história do mundo, a cada escola de filosofia, toda a física moderna!) Foram destilados de forma compreensível para o público leigo. 

Com 5 metros de comprimento o Histomap foi vendido por US $ 1, e sua construção contou com apoio de historiadores e críticos. O gráfico foi anunciado como "claro, vívido, e despojado de elaboração", enquanto, também se mostrou capaz de enfeitiçar o público com a imagem real da marcha da civilização, a partir das cabanas de barro dos antigos ao glamour monarquista da idade média, para o panorama vivo da vida na atual América.

O gráfico enfatiza a dominação, usando a cor para mostrar como o poder de vários "povos" (um entendimento quase-racial da natureza dos grupos humanos, bastante popular na época) evoluiu ao longo da história.

O projeto ainda incluiu mais dois grandes gráficos/mapas: o Histomap da religião e o Histomap da evolução.



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Tradução livre do texto original: 

Nascido em São João del-Rei, Minas Gerais, em 1746, Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido pelo apelido Tiradentes, era parte de uma família de seis crianças e foi criado pelo irmão Domingos, que era padre, depois que seus pais morreram prematuramente.

No momento da conspiração mineira do final de 1788 e começo de 1789, ele era alferes nos Dragões de Minas, a força militar regular de Minas Gerais. Servia nos Dragões desde 1775. Mas, em 1788, ele ainda não havia obtido promoção e seu soldo não havia aumentado, e se vira preterido em quatro oportunidades de promoção em benefício de outros que ele definiu como "mais bonitos", ou que desfrutavam do apoio influente de parentes bem posicionados.

Ainda assim, Silva Xavier havia comandado o importante destacamento dos Dragões que patrulhava a estrada pela serra da Mantiqueira, no governo de dom Rodrigo José de Menezes. Mas o governador que o sucedeu, Luís da Cunha Meneses, retirou Silva Xavier desse lucrativo posto. Cunha Meneses era o "Fanfarrão Minésio" das "Cartas Chilenas", os versos satíricos escritos por Tomás Antônio Gonzaga entre 1786 e 1787.

Mapa da Capitania de Minas Gerais do final do século XVIII. O militar José Joaquim da Rocha fez vários mapas sobre a capitania de Minas Gerais nas décadas finais do século XVIII e também estava envolvido com a conspiração dos inconfidentes.


Silva Xavier era conhecido por sua competência como dentista, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Era amigo dos grandes contratadores de Minas, José Rodrigues de Macedo e Domingos de Abreu Vieira. Hospedava-se com Abreu Vieira e jogava cartas com ele. Abreu Vieira era padrinho de sua filha. Os contratadores controlavam as grandes fontes de receita de Minas Gerais, as "entradas" e os "dízimos", e pagavam (de maneira perfeitamente legal) uma proporção desse dinheiro como "propina" ao governador. Todos tinham pesadas dívidas para com o Tesouro Real, em 1788.

Tiradentes conhecia bem o Rio de Janeiro, tendo servido como parte de uma força militar enviada à capital do Vice-Reino em 1778. Ele estava no Rio em 1788, onde tinha tentado promover, sem sucesso, um esquema para fornecer água potável à cidade. Foi lá que conheceu José Álvares Maciel, que voltava da Europa. Maciel havia estudado na Universidade de Coimbra, em Portugal, e depois visitado a Inglaterra. Era filho de um rico contratador de Minas e sua irmã era casada com o comandante dos Dragões de Minas. Maciel havia trazido uma cópia da "Recueil des Loix Constitutives des États-Unis de l'Amérique", comprada em Birmingham.

Na volta para Minas, Tiradentes se hospedou com o coronel Aires Gomes na fazenda deste perto de Borda do Campo. Ele falou da república florescente que Minas se tornaria caso se libertasse de Portugal. Atacou os "governadores ladrões" e seus comparsas, que, segundo ele, "açambarcavam os cargos, riquezas e posições que deveriam por direito caber aos naturais da terra".
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Kenneth Maxwell é historiador britânico graduado em Cambridge (Reino Unido) com doutorado em Princeton (EUA). Referência na historiografia sobre o período colonial brasileiro, foi diretor dos estudos latino-americanos no Conselho de Relações Exteriores (NYC) e diretor de Estudos Brasileiros na Universidade Harvard (EUA). Escreve às quintas na versão impressa da Página A2.

Atlas do consumo da maconha

Após décadas de guerra às drogas, Uruguai lança política inovadora de legalização da maconha; como seria o mapa se ela fosse legalizada?


Na quarta-feira, 31/7, os deputados do Uruguai aprovaram a lei que legaliza o cultivo, o comércio e a distribuição de maconha no país. Segundo o presidente José Mujica, a iniciativa pretende tirar a renda do tráfico de drogas, centralizar o comércio no estado, que reverterá os lucros para políticas públicas como saúde e educação.


Por centralizar a produção e distribuição da maconha pelo estado e não em pequenos produtores e coffe shops, como na Holanda, Espanha e alguns estados dos EUA, o projeto uruguaio levantou o debate sobre a legalização da maconha no mundo.
Já na sexta-feira, 2, o jornal britânico The Guardian publicou um atlas do consumo da maconha ao redor do mundo. O blog de estatísticas do jornal reuniu os dados do Escritório de Drogas e Crime da ONU e os transformou em um infográfico. As informações são especificas por país, mas também existem dados gerais.
Mapa-mundi da maconha
O mapa apresenta informações sobre o consumo, tráfico e apreensão de drogas. No Brasil, a maconha é consumida por cerca de 8,8% da população e tem preço médio de R$ 0,69 centavos por grama no varejo.
A polícia brasileira também aumentou o número de apreensões: foram 885 casos, totalizando 155 toneladas, em 2010; e 878 apreensões, com 174 toneladas no total , em 2011.
Se o Brasil seguisse o modelo uruguaio e vendesse a R$ 5,7 reais a grama (preço divulgado pelo jornal EL Pais). As 174 toneladas apreendidas no país, em 2011, arrecadariam cerca de R$ 990 milhões para os cofres públicos.

Se fossem vendidas por R$ 0,69, preço médio divulgado no infográfico, o país teria arrecadado cerca de R$ 120 milhões de reais.


O geólogo Antônio Gilberto Costa, coordenador do Centro de Referência em Cartografia Histórica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é presença confirmada no fHist 2013. Também diretor do Museu de História Natural e do Jardim Botânico da universidade, ele participa da mesa "Cartografia e História: o mapa da mina", que será realizada em 21 de setembro, a partir das 9 horas. Em entrevista à equipe de comunicação do fHist, Antônio Gilberto Costa antecipa os tópicos centrais de sua apresentação no festival e fala sobre a importância da cartografia para o estudo e a pesquisa histórica.




Em entrevista à equipe de comunicação do fHist, ele antecipa os tópicos centrais de sua apresentação no festival e fala sobre a importância da cartografia para o estudo e a pesquisa histórica.

fHist - Quais tópicos centrais sobre a relação entre cartografia e história são importantes destacar e que o senhor abordará na mesa "Cartografia e História: O mapa da mina?"

A.G.C - A história anda registrada nos mapas (evolução de técnicas, ocupação de territórios etc.). Pretendo abordar aspectos sobre a evolução das técnicas e sobre os 300 anos de representação do território mineiro.

fHist - Em que contexto e porque o senhor se interessou pelos estudos sobre cartografia?

A.G.C - De meados até o final dos anos 1990, quando me ocupei da reforma da Casa da Glória (edificação histórica de Diamantina, que sedia o Instituto de Geociências da UFMG) e de questões relacionadas com a história do local e dos garimpos, procurei por informações e verifiquei a existência de um grande acervo de documentos cartográficos sobre Minas e de outras regiões ainda sem nenhuma pesquisa.

fHist - Como o senhor avalia o panorama da pesquisa brasileira sobre cartografia? Neste sentido, como o Brasil se posiciona em relação ao conhecimento sobre o tema produzido no exterior? O que podemos avançar?

A.G.C - A pesquisa ou a utilização da Cartografia História ainda é muito incipiente no Brasil. São poucos os pesquisadores envolvidos com o tema e, menor ainda é o envolvimento com cartografias de outras partes do mundo. E só verificar a nossa participação em eventos internacionais. Entendo que isso é decorrente da pouca ou nenhuma presença do tema no diferentes níveis de ensino no Brasil.

Leia entrevista completa acessando: www.festivaldehistoria.com.br 



Se você ler o New York Times ou é telespectador assíduo dos vários seriados que se passam em Nova York, com certeza, tem a sensação de que todos os edifícios em Brooklyn são meticulosamente restauradas e transformados. 




Um novo mapa interativo criado pelo site Bklynr pretende mostrar se isso é ou não verdade. O mapa mostra quase todos os prédios em Brooklyn codificados por cores de acordo com o ano de sua construção - azul e verde para o mais antigo, amarelo para turn-of-the-century, luz vermelha para a metade do século 20, e um vermelho escuro para o mais novo edifícios. O mapa interativo completo está disponível no site da Bklynr, onde você pode passar o mouse sobre uma construção individual e descobrir seu endereço e idade.

Thomas Rhiel, um dos fundadores da publicação baseado em assinatura, criou o mapa ao longo das últimas semanas com dados divulgados nesta primavera do Departamento de Planejamento Urbano de New York City. Rhiel diz que ficou surpreso com a profundidade da informação disponível. "Eles têm todos os tipos de pequenas estruturas que são aparentemente insignificantes - até mesmo pequenos galpões de manutenção no Prospect Park," explica ele.

A área em torno do Prospect Park é um bom exemplo do que o mapa é capaz de simplesmente mostrar. Os blocos a oeste do parque incluem rua após rua de moradias amarelo, construídas principalmente entre 1900 e 1930. Dentro do parque, esse minúsculo ponto azul no extremo leste é a Lefferts Historic House - construído em 1783 e arrastou em sua localização atual em Prospect Park, em 1918.



O mapa faz um bom trabalho mostrando os diferentes níveis de idade, a diversidade entre os bairros do Brooklyn. As áreas nas bordas extremo sudeste do município aparecem como um mar de vermelho no mapa, uma pegada digital do boom da construção do pós-guerra. Em contraste, o Brooklyn Heights (abaixo) aparece como uma colcha de retalhos de arenito do século 19, prédios do início do século 20, e modernos, 1970 highrises.



Rhiel diz que os padrões de novos e velhos que ele encontrou mapeado também refletiam sobre suas próprias percepções sobre o bairro. Mas houve surpresas também, incluindo um prédio de mais de 200 anos de idade, a poucos quarteirões de seu apartamento em Fort Greene.


Para visualizar os mapas ver: http://bklynr.com/

Os mapas também podem fazer parte das músicas? Isso é que fez o grupo Saint Etienne em seu álbum Words and Music by Saint Etienne



Segundo o site oficial do Saint Etienne, o álbum é sobre "como a música afeta a sua vida. Como define a maneira como você vê o mundo, como ela pode levá-lo por maus momentos de formas inesperadas, e como as músicas que conhecemos, de repente pode desenvolver um novo nexo, e machucar toda vez que você ouvi-las. Mais de como isso afeta e reflete sua vida, porém, o álbum é sobre acreditar em música, vivendo a sua vida pelas suas regras. "

Uma edição deluxe, limitada a 1000 cópias, foi lançado no Reino Unido em 11 de junho de 2012, contendo um disco com bônus de remixes e um exclusivo EP de quatro faixas, além de um gigantesco mapa desdobrável ao estilo do Ordnance Survey da Grâ-Bretanha, o mesmo mapa da capa do álbum e um livro repleto de fotografia de Paul Kelly


Arte da capa do álbum foi concebido pelo Manchester arte coletiva Dorothy.  O membro da banda Bob Stanley explicou, "Eles tinham feito este mapa de uma área de ficção com todos esses nomes de ruas, que eram canções. Eu só entrei em contato com eles e eu estava tipo, 'Eu amo isso, você gostaria de fazer um sob medida para nós com todas as nossas músicas favoritas? Eles disseram que sim. O tema geral do álbum está marcando uma rota em sua vida através da música, a idéia é que você pode seguir as estradas do mapa e acabar com uma lista de diferentes jornadas. Há 312 titulos no mapa, é nossa cidade natal ".

O álbum é um convite para escutar e caminhar pela mapa das músicas do Saint Etienne.

Já está a venda o livro "Em terras lusas: conflitos e fronteiras do Império português"


Organizado pelos pesquisadores: Márcia Motta, José Serrão e Marina Machado.

Este livro trata essencialmente da construção do espaço luso-brasileiro no século XVIII, discutindo os problemas da apropriação, da representação e da delimitação do território, na sua articulação com as dinâmicas de conflito que geraram ou das quais resultaram.

Editoras: Horizonte, Unicentro e UFF.


CONFERÊNCIA: CÁTEDRA JAIME CORTESÃO


A Cátedra Jaime Cortesão e o Laboratório de Estudos de Cartografia Histórica-LECH tem o prazer de convidá-lo a prestigiar a Professora Titular da Universidade Federal de Minas Gerais, Junia Furtado, que fará uma conferência sobre D. Luis da Cunha e Jean-Baptiste Bourguignon D'Anville na construção da cartografia do Brasil. Convite imperdível!

Abaixo seguem mais informações sobre a conferência:

CONFERÊNCIA:
Oráculos da Geografia Iluminista: D. Luis da Cunha e D'Anville na construção da cartografia do Brasil.
PALESTRANTE: Junia Ferreira Furtado - Profª. Titular da Universidade Federal de Minas Gerais
DIA: 16 de Maio de 2013
HORÁRIO: as 17h30


Seminário do modo o mais fácil e o mais exacto de fazer as cartas geográficas

Seminário na UnB reune pesquisadores sobre a obra do cartógrafo Manuel de Azevedo Fortes


PROGRAMAÇÃO

Dia 6 de maio: Auditório da Biblioteca Central
Palestra de abertura, às 14h00
Prof. Dr. Jorge Cintra (USP): História das medições de longitude no Brasil


Comunicações, às 15h00
Fabiana Leo,  Carmem Rodrigues, Allan Kato e Leon Azevedo

Palestra de encerramento, às 17h00
Prof. Dr. José Flávio Castro (PUC-Minas): Georreferenciamento e vetorização de mapas do século XVIII



Dia 7 de maio:
A partir das 8h00 na área externa da Biblioteca Central realização da Expedição de mapeamento de parte do campus da UnB usando as técnicas da obra de Manuel de Azevedo Fortes

Palestras de abertura, às 13h40: Auditório da Biblioteca Central
Prof. Dr. Carlos Ziller (UFRJ) e Prof. Levy Pereira

Comunicações, às 15h40
Gustavo Borges de Almeida, Catarina Agudo e Leonardo Barleta

Palestra de encerramento, às 17h30
Junia Furtado (UFMG): "O mapa que inventou o Brasil"

INSCRIÇÕES ENCERRADAS

Inscrições encerradas para o II EPHIS UFMG

As inscrições para comunicação livre, comunicação em simpósio temático e em mini-cursos pra o II Encontro de Pesquisa em História estão encerradas. Foram recebidas mais de 500 inscrições de todo o Brasil, o que, com certeza, garantirá o sucesso do evento.

A comissão organizadora do evento, composta exclusivamente de estudantes da graduação e pós-graduação em História da UFMG, agradece aqueles que colaboraram com a divulgação do evento e lembra que em breve a programação geral será confirmada e que as inscrições para ouvintes continuam até a data do evento.

II Encontro de Pesquisa em História da UFMG
04 a 07 de junho de 2013
Faculdade de Filosofia e Ciência Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antonio Carlos, 6627, Pampulha - Belo Horizonte/MG
Contato: ephis2013@gmail.com

Seminário de Estudos Coloniais
TERRITÓRIO E POPULAÇÕES

Feira de Santana, 07 a 09 de maio de 2013
Auditório V do módulo VII – Campus Universitário da UEFS


Apresentação

O seminário proposto consiste num evento de natureza científica cujo foco são as pesquisas sobre a América portuguesa, com ênfase nos temas da formação territorial, escravidão e mestiçagem, cotidiano e inquisição, economia, administração e política, etc. Os temas alinhavados acima serão abordados ao longo do seminário, no âmbito das conferências de abertura e encerramento e das seis mesas-redondas que terão lugar no mesmo. Com isso, visa-se constituir um fórum singular para divulgação de trabalhos especializados, aprofundamento de reflexões e trocas de experiências advindas da socialização do conhecimento produzido pelos sujeitos envolvidos.

Inscrições

As inscrições para o seminário são gratuitas, e podem ser feitas através do e-mail estudoscoloniais@gmail.com, bastando para tanto informar: nome completo, e-mail e instituição de origem. Vagas limitadas. Será oferecida certificação de 20h (vinte horas) para aqueles que obtiverem frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) às atividades do evento.

Programação

Confira abaixo a programação provisória do seminário. Para acessar o folder contendo a programação completa do evento, com os títulos e resumos das apresentações, clique AQUI.

07 de maio (terça-feira)

MANHÃ
9h-11h30                             MESA 1:
Povos indígenas e territorialidades coloniais
                                                               Expositores:
                                                              Prof. Dr. Ricardo Pinto de Medeiros (UFPE);
                                                              Prof. Dr. Francisco Eduardo Torres Cancela (UNEB)
                                                               Debatedora:
                                                              Prof. Dra. Maria Hilda Baqueiro Paraíso (UFBA)
TARDE
14h30-17h                           MESA 2: Formação territorial do sertão baiano                                                               Expositores:
                                                              Prof. Dra. Isnara Pereira Ivo (UESB);
                                                              Prof. Dr. Márcio Roberto Alves dos Santos (USP)
                                                               Debatedor:
                                                              Prof. Dr. Erivaldo Fagundes Neves (UEFS)

17h-18h30                         CONFERÊNCIA DE ABERTURA

                                                             Prof. Dra. Sheila Siqueira de Castro Faria (UFF)

08 de maio (quarta-feira)

                                              MESA 3: Escravidão, mestiçagens e mobilidade social                                                               Expositores:
                                                              Prof. Dr. Eduardo França Paiva (UFMG);
                                                              Prof. Dr. Roberto Guedes Ferreira (UFRRJ)
                                                              Debatedor:
                                                              Prof. Dr. Sílvio Humberto dos Passos Cunha (UEFS)

                                              MESA 4: Geografia Histórica e Geotecnologias aplicadas à Pesquisa Histórica
                                                              Expositores:
                                                             Prof. Dr. Adriano Bittencourt de Andrade (CMB);
                                                             Prof. Dr. José Flávio Morais de Castro (PUC-MG)
                                                             Debatedora:
                                                            Prof. Dra. Jocimara Souza Britto Lobão (UEFS)

09 de maio (quinta-feira)
                                             MESA 5: Cotidiano e Inquisição na colônia                                                              Expositores:
                                                             Prof. Dr. Marco Antônio Nunes da Silva (UFRB);
                                                            Prof. Dra. Grayce Mayre Bomfim Souza (UESB)
                                                              Debatedora:
                                                            Prof. Dra. Suzana Maria de Souza Santos Severs (UNEB)

                                            MESA 6: Economia, política e administração no Brasil colonial
                                                            Expositores:
                                                            Prof. Dra. Avanete Pereira Sousa (UESB);
                                                            Prof. Dr. Rodrigo Ricupero (USP)
                                                            Debatedor:
                                                            Prof. Dr. Fabrício Lyrio dos Santos (UFRB)
                                         CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
                                                            Prof. Dra. Íris Kantor (USP)



Sobre

Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
História da Cartografia: o mundo em imagens. Blog criado para ser um espaço de divulgação de pesquisas, eventos e curiosidades sobre a História da Cartografia no Brasil e no mundo. A ideia surgiu ao longo do desenvolvimento da pesquisa de mestrado, em história na UFMG.

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